quarta-feira, 8 de julho de 2009

Comentário crítico

Esta obra de Wim Wenders, apropriadamente chamada “Até ao Fim do Mundo”, relata várias viagens, que, apesar de tudo, conduzem ao mesmo local.
Em primeiro lugar, verifica-se uma viagem geográfica, que nos permite tomar conhecimento com cidades de países diferentes e compreender a diversidade que caracteriza o nosso planeta. Assim, encontramos a vastidão do deserto australiano e o confinamento doentio dos hotéis japoneses, no qual os homens dormem em pequenas tocas, sob a luz artificial dos néons que brilham obsessivamente.
Em segundo lugar, verifica-se uma viagem de auto conhecimento protagonizada pela personagem principal, que procura encontrar-se perdendo-se, no mundo e nos outros, nomeadamente em Sam Farber, um homem que parece correr o planeta em busca de imagens, e perdendo-se em si própria e regressando às memórias de infância, através dos sonhos. O seu autoconhecimento é, então, encontrado nas palavras dos outros, especificamente no romance que o seu ex-namorado escreve e no qual relata todas as viagens por ela desenvolvidas. Assim, é a palavra e a memória que permitem novas viagens e Claire vai surgir, já apaziguada, literalmente fora do planeta, no espaço, sideral, depois de todos os caminhos que percorreu até ao fim do mundo.
Em síntese, o filme consiste na procura de si própria de Claire e no demonstrar o desenvolvimento de cada país, através das viagens por ela realizadas, dando a conhecer Sam Farber e através dele as dependências dos sonhos. Claire vive novamente a sua infância através dos sonhos e acaba por se encontrar nas palavras, que, no entanto, eram o relato da sua vivência em busca de si própria.


Bárbara & Mário


Este filme, basicamente, é relativo a viagens. Viagens ao passado, viagens nos sonhos, viagens geográficas … Claire Tourneur é uma mulher “perdida”, e ao longo deste filme é-nos mostrado o seu percurso. Uma viagem ao longo da qual não só vai descobrir o sentido da vida mas também vai descobrir o seu “Eu”.
Dr. Farber e Sam Farber são pai e filho e têm uma relação bastante complicada. Enquanto Sam tenta de tudo para agradar e surpreender o pai, este desvaloriza-o por completo, não dando qualquer importância aos seus esforços. As relações humanas têm uma grande importância nesta obra, pois entre relacionamentos amorosos falhados e outros bem sucedidos, todas as personagens se tentam encontrar umas nas outras, sem olhar a proveniências, nem a posturas, como é o caso de Claire e de Sam. No final, prevalece a amizade e o carinho entre todos, o que comprova, de certo modo, que estes são os sentimentos mais valorizáveis.


Fábio Gonçalves & Patrícia Cordeiro


Este filme é muito informativo, pois decorre em diversos locais do mundo, dando assim a conhecer novas culturas.
Claire, a protagonista do filme, é uma pessoa desequilibrada e um pouco desorientada em relação à sua vida, mas ao longo da acção é possível perceber que, se se percorrer os caminhos certos, acabaremos sempre por encontrar o nosso lugar, nem que tenhamos que ir até ao fim do mundo, ou mesmo partir para o espaço.
Assim, é também um filme de viagens, pois eles percorrem o mundo em busca de imagens para a mãe de Sam, que é cega e que através de um aparelho conseguia ver. As imagens que estes procuravam mostravam diversos locais do mundo e alguns membros da família. Também nos mostra que não é possível viver no passado, nem sequer voltar atrás para o recuperar, pois isto tem sempre consequências negativas, como a ausência da vida e até a morte.

Filipa Fonseca & Rita

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